Brincadeira de Detetive a partir de histórias infantis

“Brincar, é a mais elaborada forma de pesquisa”.
Albert Einstein

A partir de histórias infantis podemos nos inspirar e criar muitas brincadeiras, tanto em casa quanto no contexto escolar. As histórias estimulam as brincadeiras, que por sua vez estimulam a imaginação e criatividade, mais ou menos assim:

As crianças pequenas aprendem a construir e representar histórias conforme têm a oportunidade de participar de situações em que podem se apropriar da estrutura da narrativa, identificando seus personagens e cenários, sua trama e sua sequência cronológica, bem como de situações em que possam brincar com o conteúdo de suas narrativas. […] A partir da participação nessas situações, as crianças têm a oportunidade de se apropriar das narrativas e se interessam por conversar e brincar com elas, desenvolvendo sua imaginação e sua criatividade, ao mesmo tempo em que se apropriam de noções da linguagem e da escrita. BRASIL (2018).

Desta forma, podemos pensar em muitas brincadeiras que se iniciam a partir da leitura de histórias infantis e que contribuem com a formação e desenvolvimento das crianças em vários aspectos.

Mas, vamos pensar em uma brincadeira que além de todos os benefícios já falados, estimula a curiosidade, a reflexão, as trocas, o senso colaborativo e participativo. São brincadeiras de mistérios, detetive ou investigação.

Por isso, preparamos um pequeno roteiro adaptado para te ajudar a desenvolver a brincadeira com seus pequenos.

Brincando de detetive

  1. Ponto de partida: Para organizar uma brincadeira de investigação, precisamos de um ponto de partida. No post anterior, vimos três histórias infantis que podem nos inspirar (confira aqui). Caso você não tenha os livros, não desanime, as crianças nos dão muitas dicas de seus interesses e podemos criar histórias a partir deles.
  2. Lista de suspeitos: Todo mistério preconiza um contexto onde existem suspeitos, por isso, é importante preparar uma lista com potenciais suspeitos e possível culpado. Nas histórias sugeridas, os suspeitos eram animais moradores da floresta, mas tudo vai depender da imaginação e criatividade do grupo.
  3. Enigmas: Sobre a criação dos enigmas, se a lista de suspeitos for um total de 5, por exemplo, é preciso preparar 4 enigmas onde cada um inocente um dos suspeitos da lista. Uma boa forma de organizar os enigmas é por meio de charadas e/ou adivinhas. Essa parte pode ser um pouco demorada, pois, precisa ser adaptada conforme a idade do grupo de crianças.
  4. Esconderijos: Podemos esconder os enigmas em esconderijos onde a brincadeira vai acontecer. Será preciso um esconderijo diferente para cada um dos enigmas.
  5. Investigação: Após ler a história inicial às crianças e distribuir a lista de suspeitos da investigação, podemos partir para o primeiro esconderijo. Assim que as crianças tiverem descoberto e solucionado o primeiro enigma, elas podem riscar o primeiro suspeito inocente da lista.
    É importante estimular a autonomia das crianças, sem interferências, respeitando suas colocações e dar espaço para que reflitam, troquem impressões, questionem e partam para a pista seguinte.
  6. Desfecho da brincadeira: Solucionado o último enigma, sobrará somente um suspeito na lista das crianças: o culpado!

Não esqueçamos que as regras são importantes, mas a palavra de ordem é diversão!

Débora Araújo

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