Chapeuzinho Vermelho (Resumo)

Para ler, ouvir, contar e recontar

A história “Chapeuzinho Vermelho” é contada, recontada, escrita e reescrita há séculos. Surgiu na Idade Média, a partir da tradição oral dos camponeses europeus.

Mas o final da história original era triste e violento, no qual o lobo devorava a avó e a neta. Então, século XIX, os Irmãos Grimm criaram uma nova narrativa com a figura do caçador, que salva as duas e nos garante um final feliz (Ufa!).

[…] a literatura – universo de ponta da língua […] é conhecimento produzido historicamente, além de ocupar, na prática cultural, um lugar de privilégio como exercício de liberdade, de inquietação e de perplexidade.
Gonçalves Filho (2000, p. 13)

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez…

uma bela e ingênua menina chamada Chapeuzinho Vermelho. A garota, que vivia com a mãe, era encantada pela avó – e avó por ela.
Um belo dia a avó adoeceu e a mamãe de Chapeuzinho pede a menina que leve uma cesta com alimentos para a vovó comer.
A menina prontamente se mostra disposta a ajudar a mamãe. Mas a casa da vovó ficava no meio da floresta, distante da casa de Chapeuzinho.

O Lobo

Ainda no princípio do caminho rumo a casa da vovó, Chapeuzinho Vermelho é interpelada pelo lobo, que puxa conversa e pergunta para onde ela vai. Chapeuzinho, sem perceber a malícia, cai na conversa do lobo e diz que vai levar quitutes para a vovó que está adoentada.
O lobo, muito astuto, sugere que a menina siga por um determinado caminho, dizendo que é o melhor caminho para chegar na casa da vovó. Esperto, ele vai por um caminho mais curto e chega primeiro na casa da avó.

Na casa da avó

O lobo bate na porta da casa da vovó, e quando ela pergunta quem bate, o lobo imita a voz de Chapeuzinho. A avó não percebe o fingimento e ensina-o a abrir a porta. Assim que vê a senhora, o lobo a devora prontamente.
Rapidamente, ele coloca as roupas da vovó e se deita na cama para esperar a menina.
Quando Chapeuzinho bate na porta o lobo responde como se fosse a vovó e a menina entra na casa. Mas ao chegar perto da cama da vovó, a menina estranha sua aparência e vai logo perguntando:

“Vovó, que orelhas grandes você tem!”
“É para melhor te escutar!”
“Vovó, que olhos grandes você tem!”
“É para melhor te enxergar!”
“Vovó, que mãos grandes você tem!”
“É para melhor te agarrar!”
“Vovó, que boca grande, você tem!”
“É para melhor te comer!”

O lobo finalmente devora a menina e se deita na cama para para tirar um cochilo.

Final feliz

Mas um caçador passa em frente a casa da vovó e acha muito estranho o barulho do ronco que vem de lá de dentro. Então, ele resolver dar uma olhada. Ao entrar na casa ele se depara com o Lobo, com a barriga bem grande deitado na cama.
O caçador tem uma ideia para salvar quem estava dentro da sua barriga. Com uma faca, ele abre a barriga do lobo e tira Chapeuzinho e a vovó de lá de dentro.
Depois de acordada, Chapeuzinho, a vovó e o caçador colocaram algumas pedras grandes na barriga do lobo. Quando ele acordou, mal conseguia andar. Assim, o lobo nunca mais conseguiria devorar ninguém.

Algumas observações:

Em “Chapeuzinho Vermelho” verificamos lados antagônicos, a menina ingênua e vulnerável, o caçador protetor e altruísta x o lobo, malicioso e astuto.

Então, ressaltamos o que diz Josep Maria Puig “a criança quando ouve histórias, consegue perceber as diferenças que mostram os personagens bons e maus, feios e bonitos, poderosos e fracos, facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou do convívio social. Através deles a criança incorporará valores que desde sempre regem a vida humana”.

Quando desobedece a mãe para seguir outro caminho, sem perceber se coloca em uma situação de risco. Assim, verificamos também que podemos fazer escolhas erradas quando deixamos de ouvir quem nos ama para dar ouvidos a um desconhecido.

Débora Araujo

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