O patinho feio (resumo)

O patinho feio, escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), publicado pela primeira vez em 11 de novembro de 1843, é um dos clássicos da literatura infantil. Já foi reescrito e adaptado para uma série de veículos ao longo das décadas. Esta história encanta milhares de crianças no mundo inteiro e transmite valiosas lições para a vida.

“…O poder de se encontrar, se conhecer, depois de ter sido o patinho feio, que só se percebe cisne após descobrir sua identidade (o que significa percorrer uma trajetória longa, difícil e muito sofrida..) aí a belezura é total! É então que nos sentimos capazes de enfrentar o dragão, o gigante, o ogro, o monstro, ou o nome que tenha no nosso dia a dia, enfim, aquele que pensamos ser maior ou desconhecido, ou inatingível, ou cercado de forças inabaláveis e poderosas…”
(ABRAMOVICH, 1997, p.135)

O Patinho Feio

O nascimento do patinho

Era uma vez uma pata que escolheu cuidadosamente onde fazer o seu ninho. Afinal os colocou em um local protegido, perto do rio, com muitas folhagens. A pata foi chocando os ovos até aqueles começaram a se romper dando origem a patinhos amarelinhos muito belos.
Apenas um ovo, maior, permaneceu intacto. Intrigada ela chocou ainda mais e depois acabou por ajudar a romper a casca com o bico. De lá saiu um filhote estranho, cinza, completamente diferente dos outros.

A descoberta da diferença

Todos os que davam parabéns à pata – o peru, as galinhas, o porquinho – diziam que ela havia tido uma ninhada linda, exceto pelo patinho feio.
“Ele é grande e sem graça”, “Tem um ar abobalhado”, acusavam aqueles que não sabiam lidar o pássaro diferente da ninhada.
Os irmãos do patinho feio percebendo a situação passaram então a excluir aquele que era meio esquisito.
Por fim a própria pata passou a sentir vergonha e a abandonar o filhote diferente.

O abandono e o sofrimento

E o patinho feio cresceu assim – sozinho e em sofrimento, tendo que aturar as bicadas das galinhas e a perseguição de outros animais. Cansado de sofrer, um belo dia o patinho feio resolveu fugir.
Primeiro encontrou um lago repleto de marrecos. Lá não ligaram para o patinho feio. Habituado ao sofrimento, pelo menos era melhor passar mais despercebido do que levar com a agressão dos outros animais.
Mas a tranquilidade durou pouco, um dia caçadores chegaram e espantaram todos. Perdido novamente no mundo encontrou uma outra lagoa que serviu de abrigo. Lá viu pela primeira vez belos cisnes brancos e ficou instantaneamente admirado. Ainda errante, procurou mais alguns abrigos e sofreu por todos onde esteve.

A autodescoberta e final feliz

Enquanto isso o patinho foi se desenvolvendo e, ao encontrar um novo abrigo, ao lado dos cisnes, descobriu pelo reflexo da água que ele próprio era também uma daquelas criaturas que tanto admirava.
Os cisnes do grupo imediatamente deram as boas-vindas e o patinho, antes humilhado, passou a ter a companhia dos irmãos da mesma espécie ficando com o coração cheio de felicidade.
A história se encerra com a constatação de que um belo dia uma criança estava passeando pelo lago quando, ao olhar para o antigo patinho feio, e disse admirado: “olhem, pais, tão lindo esse cisne novo, é o mais bonito de todos!”.

Saiba mais sobre o autor: Hans Christian Andersen

O que esta história nos ensina?

Diferenças e Autoestima

O conto estimula a compreensão das diferenças, pois mostra aos pequenos que julgar, hostilizar ou deixar de lado quem é diferente, seja por qualquer aspecto, causa dor e sofrimento. Desta forma, os pequenos (e adultos) compreendem a importância de aceitar e enxergar beleza de cada um.
Também nos ensina a não tentarmos ser aquilo que não somos e ter orgulho daquilo que nos diferencia do grupo.

Autopercepção, Resiliência e Persistência

O patinho feio percebe que não pertence ao ninho em que onde nasceu. Cansado das humilhações sofridas, ele busca um ambiente onde se sinta acolhido e respeitado.
Então, percorre um caminho difícil, passa experiências cruéis que evidenciavam a discriminação.
Mesmo assim, não desisti de sua busca. E esta é uma das lições mais importantes: que não desistamos de encontrar nosso lugar no mundo, de que não nos entreguemos ao conformismo.

Adaptação audiovisual

Ao longo das décadas, “O patinho feio” recebeu muitas adaptações audiovisuais. A mais famosa foi dirigida por Jack Cutting , em 1939, pelos estúdios Disney.

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