No pacato vilarejo de Andorinha, um ocorrido choca seus moradores. Homens, Mulheres e Crianças perguntam-se como e quem teria feito tal malvadeza… A lenda do Roubador de Sonhos volta a rondar a vizinhança espalhando medo e desconfiança. Iandara, uma pequena índia de nove anos, seu melhor amigo Bruno e seu avô, se arriscam na floresta para desvendar o tal mistério.
“Sentada em sua cama, Iandara ouvia atentamente o que o avô lhe dizia, seus olhos puxados eram dois pontos imóveis naquele grande rosto redondo de pele indígena.
… Há muitos anos atrás existia por estas bandas um vilarejo muito próspero, lá morava uma moça chamada Olivia, era a moça mais linda do vilarejo e todos os rapazes a cortejavam. Olívia caprichosa que só, disse não a todos, pois se viu perdida de amor por um rapaz que morava onde o rio nascia. O tal rapaz era adoentado e corria a boca solta que estava à beira da morte.
A mãe do moço já tinha feito de tudo, mas nenhum Doutor pôde lhe ajudar. Então soube que havia por ali um feiticeiro muito poderoso e aos prantos correu até ele para pedir-lhe a cura do seu filho. O homem disse que lhe atenderia ao pedido se em troca o entregasse como o seu sucessor quando atingisse a maioridade. Levada pelo desespero a pobre mulher aceitou a proposta. Chegado o dia de cumprir o trato, o jovem recusou-se veementemente pois deveria se casar com Olívia. Gritou para quem pudesse ouvir que aquele era o seu maior sonho e dele não abriria mão. A mãe arrependida e assombrada com a fúria do feiticeiro, buscou na selva planta poderosa que fizesse seu filho dormir por três dias e no meio da noite arrastou-o até uma canoa para que fugissem. Desceram rio abaixo e nunca mais foram vistos. Olívia procurou, procurou, mas seu Amor não encontrou. De noite e de dia vivia naquela agonia, à espreita na beira do rio, esperançosa que seu amado retornasse.
A pequena menina levou as mãos à boca “O que houve vovô, por favor, conte-me, conte-me! Prometi falar tudo para o Bruno!”
O avô pediu que Iandara dormisse prometendo que outra hora retornaria à lenda”.
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♫ Olaiá Olaiá quem vem lá
Vem para me dizer
Que de Amor eu posso morrer
Olaiá Olaiá quem vem lá ♫
Não me fale isso não
Que sem amor não vive um coração
♫ Olaia Olaiá chegue aqui
Venha me ouvir
Desta lua não precisa fugir
Olaiá Olaiá vamos viver ♫
É possível amar
Sem nunca deixar de sonhar
Débora Araújo, da obra “O Roubador de Sonhos”