A caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência boa do ser humano.
Mas o que muitas pessoas se perguntam é em qual momento e como podemos praticar a caridade? Vamos entender juntos no texto a seguir?
A caridade não tem data marcada
Sueli estava pensativa, passava a mão em seu bichano que ronronava feliz em sua caminha improvisada com almofadas. Um barulho chamou atenção do lado de fora, Sueli levantou-se e rapidamente foi até a janela. Eram crianças brigando na rua, elas estavam maltrapilhas, com sacos de balas em suas mãos. Um homem passou e as espantou como se fossem animais. A senhora que atravessava parou e resmungou com o homem, em seguida acariciou o cabelo de uma delas e entregou-lhe um papel. Sueli sentiu seu coração apertado, novamente acariciou o bichano “que privilegiados nós somos, temos um teto, comida, uma cama quentinha e muito amor de nossa família”
O irmão chegou sorridente, ele cursava enfermagem e vinha do seu primeiro estágio em um hospital ali perto. Pegou a menina no colo e a rodopiou várias vezes, mas ela não esboçou ânimo.
– O que houve Sueli? – Ela lhe mostrou as crianças e ele respondeu:
– Sueli, um dia serei chefe de enfermagem e juntos vamos ajudar muitas crianças, mas por enquanto nossa condição financeira não permite fazermos muito, não é? O dinheiro do papai e mamãe mal dá para pagar as contas.
– Mas vai demorar para você se formar… E até lá não faremos nada para ajudar?
Pego de surpresa o irmão nada respondeu. Ela fez um muxoxo e aninhou-se em seus braços, os dois permanecerem assim finalizando a conversa.
Algumas semanas depois o rapaz chegou contente em casa, trouxe flores para a mãe e um pequeno chocolate para a irmã.
– Mamãe, Sueli, trago boas notícias! Alguns dias atrás Sueli presenciou uma cena que muito a comoveu, eram crianças trabalhando no farol aqui perto. Ao sair para a faculdade me deparei com a senhora que estava por ali observando, falei do que houve e ela bondosamente me entregou um papel com o endereço de uma casa que cuida de pessoas carentes – crianças, idosos, mães solteiras, entre outros. Eles têm auxilio de algumas empresas, mas faltam trabalhadores. Eu fui até lá e me interessei pela causa. Me ofereci para ser voluntário e fui aceito! Mesmo com o pouco conhecimento que tenho em minha profissão serei bastante útil.
– Mas filho, você precisa do dinheiro para pagar a faculdade, como fará? – Disse a mãe preocupada.
– Não se preocupe mamãe, lá mesmo conheci uma pessoa que me indicou para uma vaga remunerada melhor do que tenho hoje, poderei intercalar os dias e assim terei horas suficiente para descansar, estudar e ajudar os necessitados que procuram aquela casa.
Sueli abraçou o irmão emocionada “Você é meu príncipe”
– Mas foi você que me fez entender que não precisamos esperar esta ou aquela ocasião para ajudar, e principalmente que a ajuda não precisa ser obrigatoriamente financeira. Se tivermos vontade de verdade, encontraremos meio de auxiliar o próximo com o que temos, e assim sendo, o Alto nos enviará a ajuda necessária para seguirmos no propósito do bem. Em minha profissão e no trabalho voluntariado, atenderei os doentes com o mesmo carinho que dedico a ti minha irmã! Pois todos eles também são nossos irmãos, assim nos ensinou Jesus Cristo.
Projeto Abelha – Débora Araújo