Desbotado e Brilhante

“Ele não tinha um grande quintal, sua mesa nunca abrigou nenhum banquete, dividia seu quarto com toda a família e um cachorro amigo. Ao se apresentar, muito educado por sinal, esticava a mão dizendo “Sou um grande conhecedor deste mundo”. Depois a recolhia para que se tornasse apoio da outra e ambas seguravam firme um livro velho de capa desbotada exibido com orgulho por seu dono. Seu título? Não importa, ele bastava para transportar sonhos àquele menino, que cantarolava feliz a passos largos em seu caminho – inexpressivo e desbotado quanto à capa do livro, grande e brilhante quanto à alma do pequeno leitor”.
(Rachel Chifflet)

É pretensioso demais discorrer sobre o que um livro é capaz de entregar ao leitor desde os seus primeiros anos de vida e em todas as idades… Mas é certo afirmar sem discordância que os sonhos fazem parte desta entrega e que através das inúmeras palavras de um autor é possível mudar a paisagem a nossa volta. Assim foi, com o menino do conto acima, sem nome, sem tempo, sem observância qualquer possa descrevê-lo, apenas a ideia de que seu livro velho lhe transmitia dignidade genuína em meio a um contexto pobre e singelo.

Se você tiver outras interpretações, esteja à vontade para compartilhar…

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