“Brincar com crianças não é perder tempo é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste é vê-los sentados, enfileirados, em salas sem ar”.
Carlos Drummond de Andrade.
A referencia do autor é sobre o trato nas escolas, os jogos, as brincadeiras, o faz de conta. Mas sabendo que o processo educativo da criança se dá também e com igual ênfase em casa, por que não fazer disso algo prazeroso no ambiente familiar?
Sim, voltamos a falar sobre contar histórias, pois carregadas de ludicidade, estimulam a imaginação e abrem portas para inúmeras brincadeiras, como por exemplo, o faz de conta e a imitação. As histórias ampliam os horizontes, favorecem a construção da identidade e, contribuem para a formação de valores pois são capazes de unir fantasia e realidade.
Então, vamos deixar o celular de lado, afastar o cansaço, esquecer um pouquinho os problemas e embalar nas histórias com os pequerruchos? Olha, é mais eficaz e mais barato que terapia! E para inspirar, vamos de poesia?
Leilão de Jardim
(Cecília Meireles)
Quem me compra um jardim
com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis
nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)